
Esse foi o meu primeiro contato com Stephen King, e posso dizer: ele sabe como transmitir terror na escrita. A sensação de angústia que Paul sofre nas mãos de Annie é sufocante, e King descreve esse horror com maestria, seja através de ações, sentimentos ou até mesmo metáforas.
Enredo sem Spoilers
Paul Sheldon é um escritor famoso que, após um acidente, se vê sob os cuidados de Annie Wilkes, uma mulher que se declara sua maior fã. No entanto, o que começa como um aparente resgate logo se transforma em um jogo psicológico tenso e perigoso. Annie tem suas próprias exigências, e Paul percebe que sua sobrevivência depende de sua capacidade de entender e manipular sua captora.
Minha Opinião
Como mencionei, este foi meu primeiro livro de Stephen King, e eu adorei! O terror psicológico sempre me pareceu o gênero mais perturbador, afinal, não há nada mais assustador do que a mente humana.
Esse livro ilustra bem essa ideia. O comportamento de Annie é tão meticulosamente construído que não a vemos apenas como uma mulher insana, mas como uma pessoa multifacetada, com uma explosão de distintos sentimentos, além de cautelosa, metódica e estrategista. Ela não apenas mantém Paul prisioneiro, ela planeja cada detalhe.
Mas como um livro de terror pode causar medo? Eu diria que através das palavras certas. O terror de Misery não vem de monstros ou fantasmas, mas da tensão psicológica, do medo real e plausível. A escrita de King, carregada de detalhes e emoções intensas, nos faz sentir tudo o que Paul sente.
Eu sei que Stephen King tem muitos outros livros icônicos (It: A Coisa já está na minha lista!), mas posso dizer que Misery foi uma excelente porta de entrada para o universo do autor. Para quem já gosta de terror psicológico, é um prato cheio. E para quem tem curiosidade de conhecer o gênero, essa é uma leitura que vale a pena!